Jogos: Ghost of Tsushima Director’s Cut – Análise
O ano passado, Ghost of Tsushima foi o grande lançamento do Verão para a Sony. Será que este ano, a sua atualização será o de final de Verão?
Ghost of Tsushima já passou pelo Central Comics, onde recebeu uma pontuação bastante agrádavel e foi bastante elogiado. Aliás, é possível até dizer que esta aventura que tem os samurais como personagens principai, foi um sucesso entre a crítica especializada. Agora com uma nova atualização e com a chegada a uma nova plataforma, nomeadamente à PlayStation 5, sentimos uma vontade de voltar a terras de Tsushima, com a adição de um novo território, a ilha de Iki, além de uma infinidade de melhorias que foram feitas ao jogo.
Devo também assumir (e, de certa maneira confessar) ao leitor de que esta foi a primeira vez que me aventurei nesta epopeia. Tinha ideia do que me esperava e estava um pouco receoso quanto ao facto de não existir uma espécie de ponto de partida para encontrarmos as missões principais, já que nos “atiram aos leões” de uma maneira espetacularmente agressiva, mas que, ao poucos e poucos nos vamos habituando ao estilo minimalista que o jogo nos apresenta. E esse estilo começa logo na sua história.
Sim, é verdade, a história de Jin Sakai (ou, se quisermos utilizar o título que dá nome ao jogo) é uma obra-prima daquilo que potêncialmente poderia ser uma história que envolve o Japão dos Samurais e os Mongols muito básica, mas, na realidade é culminar de anos de pesquisa por parte da Sucker Punch para ser o mais fiel possível a tudo o que os Samurais faziam, como agiam, corportamentos, movimentos corporais e forma de falar, mostrando assim que acima de se ter um bom gameplay, também é necessário entender o que estamos a utilizar como alvo para contar uma históriia e explorar ao máximo o que nos fornecem. É impossível ficar indiferente à história do jogo original, que nos faz querer agarrar o comando com força e seguir em frente para o próximo momento de enredo, em que iremos descobrir como superar a invasão Mongol. Além disso, a adição da ilha de Iki com uma história nova, que acaba por servir como um suplemento para a história original, torna-se imprescindivel, pois além de nos dar um pouco mais de Ghost of Tsushima, acrescenta novos valores a todo este universo que, esperemos, continuará em expansão durante mais alguns anos, com sequelas e spin-offs (fiquei tão fã da personagem Yuna, que adorava que existisse um jogo que se focasse apenas nesta personagem).
Vou aproveitar agora para falar da questão das missões e de sub-missões que vamos ter ao longo do jogo. Se excluirmos as missões da história, continuamos a ter imenso com que nos entreter, já que ao passarmos demasiado tempo a explorar, vamos acabar por encontrar alguém que precisa da ajuda do nosso Jin, que se tornou o real benfeitor de Tsushima. Preparem-se para passar horas e horas agarradas ao comando a fazer missões que não interessam para a história do jogo mas que, no fundo, nos vão dar prazer em completa-las já que iremos explorar locais que eventualmente não explorariamos se estivessemos apenas concentrados em completar a história do jogo. O mesmo acontece na ilha de Iki, já que a vontade de nos perdermos por lá cresce ainda mais (gostei também do facto de não precisarmos de completar o jogo para acedermos à ilha, o que pode ser um atrativo para aqueles jogadores que já completaram a aventura de Jin no passado e não querem voltar a ter que se aventurar contnra os seus inimigos uuma segunda vez).
Por outro lado, em termos de jogabilidade, o método de exploração surpreendeu-me. Não termos mapa para onde seguir metia-me um pouco de impressão ao inicio, mas depois entranhou-se e, para vos ser sincero, acho que perdi mais tempo a andar de um lado para o outro a ver tudo o que me aparecia à frente do que propriamente a lutar contra a invasão. Especialmente porque considero os momentos de combate o ponto fraco do jogo. São interessantes mas, ao mesmo tempo, senti o combate um pouco enferrujado, acabando por dar preferencia às técnicas de stealth que me eram apresentadas. No entanto, isto não quer dizer que não tenha gostado dos combates contra os bosses que acabavam por ser um dos pontos altos do jogo. Na ilha Iki acabava por acontecer o mesmo, já que serve apenas como uma extensão para a história e preparar terreno para uma potencial sequela.
Por fim, gostava de falar do som e da imagem. Joguei Ghost of Tsushima: Director’s Cut na PlayStation 5, onde o grande atrativo era a possibilidade de jogar em 4K e a 60 frames por segundo. Meu deus, como é fantástico jogar assim esta pérola, mostrando-se assim mais fluído e, uma ilha que por si só já era bela, torna-se ainda mais. Dava gosto ficar para observar o que se encontrava à nossa volta, fosse um castelo, um campo vazio ou uma aldeia por onde a destruição tivesse passado. Além disso, o combate acaba por beneficiar desta atuailização, mesmo que continue a parecer um pouco enferrujado, como já disse anteriormente. Por outro lado, o som é maravilhoso. A utilização do 3D audio da PlayStation 5 faz com que a experiência seja ainda mais bela e emergente, já que parece que estamos apenas a ver um filme de samurais em que controlamos a personagem principal. Gostava também de dar os parabéns pela dobragem em Português, algo que a Sony continua a apostar e com resultados cada vez melhores. A dobragem que tem nos principais papeis Rui Luís Brás, Guilherme Barroso e Adriana Moniz, para apenas citar alguns dos nomes é simplesmente deliciosa.
Resta concluir que, Ghost of Tsushima: Director’s Cut é um dos grandes jogos do ano para a PlayStation 5, acabando por repetir a proeza feita no ano passado. A ilha de Iki acaba por servir como um pouco mais de história, cimentando assim uma potencial sequencia que irá ser mais que bem-vinda pelos jogadores. Se vale a pena revisitar Tsushima nesta atualização? Ai se vale!
Nota Final: 10/10
Ghost of Tsushima: Director’s Cut está disponível para PlayStation 4 e PlayStation 5
Desenvolvedor: Sucker Punch Productions
Editora: Sony Interactive Entertainment
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.