Cinema: Crítica – Spy x Family Código: Branco
Em Spy X Family: Código Branco, a família mais secreta e divertida do universo manga chega aos cinemas portugueses com uma história simples, mas divertida.
Spy X Family, na verdade, tem um espaço bastante carinhoso na minha alma de fã da cultura pop japonesa. Quando comecei a ler o manga, ainda em inglês, conhecia pouca gente que estava a prestar atenção à obra. Entretanto, chegou a versão em português e o anime, e foi uma tamanha explosão. Agora é a vez da família Forger chegarem aos cinemas, numa aventura que pode ser vista sem o conhecimento da obra original.
Para um maior contexto, foi tecer um pouco o plano de fundo: em Spy X Family, seguimos a história de Loid, um espião para o país fictício de Westalis, que por conta de uma missão tem que adoptar Anya, uma menina com poderes telepáticos e “casar-se” com Yor, que na realidade é uma assassina natural de Ostania, outro país fictício. O problema é que nenhum deles sabe a realidade dos outros, levando a que esta família um tanto disfuncional acabe por manter a ordem entre ambos os países, de forma que não rebente uma guerra.
Nesta aventura para cinema, os Forger visitam ainda outro país fictício, Frigis, por conta da sua missão principal (a “Operação Strix) para…provarem um doce típico daquela região. E é mesmo antes de chegarem a Frigis que a verdadeira aventura secreta começa com Anya e Bond (o cão da familia, que consegue prever o futuro) acabam por encontrar um chocolate bastante especial e comê-lo. No entanto, não irei avançar mais com a história, pois se não, não o aproveitam como deve ser. Quero, no entanto, dizer que a história, mesmo simples é divertida e tem um pouco de tudo a que Spy X Family já nos habituou: momentos de ação, momentos de comédia e momentos ternurentos.
Em termos de animação, a série anime que adapta o manga já não tinha desapontado, mas agora ver o trabalho da Clowerwoks e da Wit Studio no grande ecrã foi algo de fenomenal. Desde cenários bem construídos, a momentos de ação que faz parecer que estamos dentro de um filme de espiões dos anos 80/90, tudo é bastante fluído. No entanto, sem dar spoilers, tenho de dar um grande destaque a uma cena protagonizada por Anya, bastante bem animada e que consegue levar absurdo de toda a história a limites nunca vistos.
Além disso, gostava de notar que será apenas possível ver a versão original nos cinemas portugueses, ou seja, não existe uma versão dobrada para o nosso idioma. Por um lado, acaba por ser uma pena, pois havia aqui potencial para transformar momentos cómicos ainda mais. No entanto, também ouvi comentários de pessoas que diziam que se o filme estivesse em português saiam da sala, o que acaba por levar à questão de se realmente existe procura dos filmes do género dobrados.
Resta concluir que, Spy X Family: Código Branco é uma aventura familiar que mesmo quem não conhecer os Forger e as suas aventuras poderá aproveitar. Com um ritmo certeiro, são 1h50m que passam a correr e sem grandes percalços.
Nota: 8/10
Spy X Family: Código Branco chega hoje (25 de Abril) aos cinemas nacionais
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.