Distribuição de BD em bancas suspensa!

Devido à regra imposta pelo Estado de Emergência, em que impede a venda e comércio de livros em livrarias hipermercados, estações dos CTT ou papelarias, a distribuição de banda desenhada nas bancas também está suspensa.

O despacho 714-C/2021 que dita essa regra foi emitido pelo Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital no dia 15 de Janeiro de 2021, mas pelos vistos a Vasp, empresa responsável em levar as revistas e jornais às bancas nacionais, terá continuado com distribuição de livros para vários pontos do país. Mas segundo o Central Comics apurou, a Vasp terá já avisado já no dia 26 de Janeiro à editora G. Floy Studio, que não poderia distribuir os seus novos livros. Tanto assim é que a editora, cujo o plano era lançar dois novos títulos neste mês de Fevereiro, suspendeu esses mesmos lançamentos.

Sexta-Feira, dia 29, já o editor da Panini Brasil Leonardo Raveggi, nos comunicou que não haveria revistas da Marvel neste mês de Fevereiro, e após contacto nosso, a Panini Portugal acaba de confirmar hoje isso mesmo: que as publicações estão suspensas.

O estranho é que na semana passada terá saído o 28º volume da colecção Os Heróis Mais Poderosos da Marvel, distribuído em Portugal pela Salvat, dedicado ao herói Shang-Chi. Terá a Vasp distribuído livros indevidamente?

Apesar das edições Marvel da Panini poderão ser consideradas revistas e não livros, não sabemos quais são os critérios oficiais para tal julgamento, o que é um facto é que encontram-se mesmo suspensas.

A nova declaração de Estado de Emergência foi aprovada pela Assembleia da República e que entrou em vigor no dia 1 de Fevereiro, mantém essa proibição até 15 de Fevereiro. Até ver, a venda de livros mantém-se apenas pelos canais digitais, mas como as novidades da G. Floy são feitas numa primeira fase apenas fisicamente nas bancas e lojas especializadas, e só passado 3 meses é que chegam às livrarias comerciais, e respectivos sites, também esta suspendeu as novidades.

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) considera que o Governo deveria autorizar a venda de livros em todas as lojas físicas habituais, ou pelo menos permitir a venda ao postigo, mas apesar da pressão esta situação deverá mesmo continuar até pelo menos 15 de Fevereiro.