Jogos: Shogun Showdown – Análise
Shogun Showdown é um roguelike tático que transporta os jogadores para um mundo hipnotizante de combate por turnos, repleto de profundidade estratégica e uma estética samurai.
Jogo: Shogun Showdown
Disponibilidade: PC, Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series
Plataforma testada: Nintendo Switch
Estúdio: Roboatino
Editora: Goblinz Studio
Confesso que à primeira vista, o jogo parecia-me bastante simples, mas, sob a superfície de arte de pixéis, esconde-se um jogo complexo e altamente gratificante, tanto desafiante como viciante.
No seu centro, Shogun Showdown combina elementos de roguelike com estratégia por turnos. Assumes o papel de um guerreiro errante, que luta contra inimigos em níveis gerados proceduralmente, enquanto desbloqueias gradualmente novas habilidades, armas e melhorias. O sistema de grelha de combate por turnos lembra clássicos como Into the Breach, exigindo que penses vários movimentos à frente, não só no combate, mas também na preparação para os encontros através de mecânicas de construção de baralhos.
O fluxo do jogo gira em torno do posicionamento e da antecipação dos movimentos dos inimigos. Tanto tu como os teus adversários têm pontos de ação limitados, o que faz com que cada decisão seja significativa. Ataques, defesas e movimentos estão todos ligados a um baralho de habilidades, o que acrescenta um elemento de aleatoriedade, mas também obriga à criatividade. Os jogadores podem executar combinações e encadear ataques que se tornam mais intricados à medida que desbloqueiam novas cartas.
A curva de aprendizagem é acentuada, mas justa, encorajando-te a experimentar diferentes combinações e abordagens. O sistema de construção de baralhos acrescenta uma camada deliciosa de imprevisibilidade, garantindo que não há duas jogadas iguais.
Shogun Showdown brilha no seu estilo de arte pixel minimalista, conseguindo evocar a atmosfera do Japão feudal com uma simplicidade notável. As personagens são desenhadas de forma distinta, e a direção artística do jogo confere um toque de charme e elegância à estética pixel. Cada animação de ataque é impactante, e o design sonoro do jogo, embora subtil, complementa os visuais com efeitos sonoros satisfatórios, como cortes de espadas, bloqueios e o silvo das flechas desviadas.
A banda sonora ajusta-se ao tema samurai do jogo, misturando instrumentos tradicionais japoneses com sonoridades modernas de videojogos. É discreta, mas atmosférica, intensificando a tensão durante as batalhas e oferecendo um pano de fundo sereno nos momentos mais calmos.
Para quem procura um desafio, Shogun Showdown não desilude. O jogo é implacável, mas nunca injusto. O elemento de aleatoriedade na construção dos baralhos obriga os jogadores a adaptar-se, garantindo que não podes confiar numa única estratégia para vencer várias jogadas. O sistema de progressão do jogo é generoso, oferecendo personagens e habilidades desbloqueáveis que mantêm os jogadores a voltar sempre.
No entanto, a dificuldade pode afastar jogadores mais casuais. O combate tático não é apenas exigente; requer paciência e pensamento crítico, o que pode frustrar aqueles habituados a uma ação mais rápida.
Com esta análise, concluo que Shogun Showdown é uma pérola no género roguelike tático. Com uma arte pixelada simples e bela, um sistema de combate envolvente e um ciclo de progressão fabuloso, Shogun Showdown afirma-se como um dos melhores títulos indie do ano.
Nota: 10/10
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.