Jogos: Deathbound – Análise
Deathbound é um jogo Soulslike ambicioso que introduz mecânicas inovadoras e um cenário único, embora falhe em alguns aspetos cruciais.
Confesso que Soulslike não costuma ser o tipo de jogo que me satisfaz, principalmente porque considero que existem demasiados jogos com esta ideia a serem lançados quase que mensalmente. No entanto, senti que Deathbound era diferente e não me enganei muito.
O jogo passa-se num mundo pós-apocalíptico que mistura elementos medievais e de ficção científica, oferecendo uma nova perspetiva no género. O principal ponto de atração de Deathbound é a sua mecânica de troca de espíritos, permitindo aos jogadores alternar entre diferentes personagens, cada um com habilidades únicas. Esta mecânica adiciona uma camada estratégica ao combate, mas a sua execução pode ser complicada, já que por vezes deixa-nos vulneráveis em momentos críticos.
A construção do mundo e a narrativa do jogo é algo misto. Embora o cenário seja intrigante e a história tenha profundidade, as personagens muitas vezes parecem genéricas, e a atuação de voz é fraca, prejudicando a imersão geral.
O combate, apesar de ser divertido e suportado por uma árvore de habilidades profunda, é prejudicado por problemas técnicos, incluindo quedas na taxa de fotogramas e falhas de áudio, o que pode frustrar os jogadores.
Apesar destas falhas, Deathbound tem momentos brilhantes, especialmente quando a mecânica de troca de espíritos funciona de forma fluida. Para os fãs hardcore de Soulslike, o jogo oferece algo diferente e pode valer a pena experimentar.
No entanto, as suas arestas por limar e falhas técnicas sugerem que pode ser sensato esperar por atualizações, caso não estejas preparado para lidar com as suas imperfeições atuais.
Em resumo, Deathbound é uma experiência ousada com bastante potencial, mas precisa de ser refinado para atingir plenamente as suas ambições.
Nota Final: 7/10
Deathbound está disponível para PC, Xbox Series e PlayStation 5 (versão jogada)
Um pequeno ser com grande apetite para cinema, séries e videojogos. Fanboy compulsivo de séries clássicas da Nintendo.