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Cinema: Crítica – Um Sinal Secreto

Zoë Kravitz estreia-se nas longas-metragens com Um Sinal Secreto, um thriller psicológico que vai deixar os espectadores à beira do assento.

Zoë Kravitz, até agora actriz em produções populares com The Batman e Kimi, estreia-se na realização com Um Sinal Secreto, um projecto de paixão em desenvolvimento durante vários anos, protagonizado pelo noivo Channing Tatum, num elenco ensemble que mergulha nos sentidos de um thriller psicológico.

Conhecemos Frida (Naomi Ackie) e Jess (Alia Shawkat), duas amigas que acabam por ser convidadas a passarem férias na ilha privada do génio tecnológico Slater King (Tatum). Durante todo o descanso e divertimento na ilha, com a melhor roupa, a melhor comida e as melhores drogas, as coisas acabam por dar uma reviravolta quando Frida apercebe-se que a sua amiga desapareceu.

Ainda que o argumento estivesse em desenvolvimento há pelo menos sete anos, muito se passou no panorama cinematográfico e Kravitz é fantástica a saber introduzir as suas inspirações e moldar ao seu desejo. Esta mescla inclui pitadas de diversos outros filmes e séries, desde White Lotus, a Knives Out: Todos São Suspeitos, a realizadores como Jordan Peele e Ari Aster; estando perante algo feito com muito amor e muita intenção.

Enquanto que os dois primeiros actos estabelecem premissa e as suas personagens, é no terceiro que o comboio acelera e frequentemente chega à beira do descarrilamento, com demasiado a acontecer num curto espaço de tempo, acabando por nos deixar, no mínimo, tontos. É algo que vai acontecendo ao longo do filme; uma espécie de viagem ritualística, repleta de detalhes que se perdem num piscar de olhos.

Entende-se a atracção de um elenco destes, entre Tatum ainda a desfrutar da sua popularidade no regresso num filme de superheróis, Ackie demonstra-nos o seu talento para além do já definidor de carreira Whitney Houston: I Wanna Dance with Somebody. A isto se juntam Christian Slater, Simon Rex, Adria Arjona, Haley Joel Osment e Geena Davis, que marcam uma presença intencionada a impressionar, com a maioria a limitar a sua presença meramente como pequenas peças deste grande, e complicado, puzzle psicológico.

Com isto, Um Sinal Secreto é um filme que se transforma a olhos vistos, provando que Zoë Kravitz será a partir de agora também uma das novas realizadoras a não perder, cuja estreia poderá lhe catapultar para outras alturas. No meio de tanta crítica social e inspiração em nosso redor, o primeiro passo para enveredar para um caminho de obras originais começa algures aqui, algo que certamente iremos ver a dada altura. Até lá, é celebrar o feito.

Nota Final: 5/10

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